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Sucessão não! Por Cícero Rocha
A palavra sucessão não representa bem o que ocorre em uma empresa familiar, vejamos:
1) O termo sucessão acaba por gerar resistência por quem é sucedido, pois lhe remete a se tornar obsoleto, esquecido, envelhecido, a morte …
2) Para quem sucede pois o desafio é de substituir o insubstituível, já que as pessoas são absurdamente diferentes uma das outras e estão em contextos também diferentes;
3) Sem contar o processo de comparação entre sucessor e sucedido, presente em todos os diálogos.
Tenho proposto a palavra TRANSMUTAÇÃO, usada tanto na química como na genética, quando você transforma uma situação, um elemento em outro.
No caso das empresas familiares, a transmutação/sucessão – transforma o contexto, o cargo, os processos, a estrutura de poder, a estratégia, a cultura, os recursos, as pessoas …
É muito simplório achar que é somente uma pessoa que vem para o lugar de outra.
Não é um evento de substituição ou exclusão, mas sim um processo de complementação!
Um novo membro liderando um ecossistema da empresa pode ser como uma extensão maior e positiva para os resultados dos negócios.
Os pontos de suma importância que precisam ser repassados para o novo sucessor e sucedido são: a perpetuação como um propósito chave, os valores da família e da empresa familiar, o propósito dos indivíduos chave, tanto pessoais como profissionais, integrados aos negócios.
Além disso, o sucessor e o sucedido devem entender que estão diante de um desafio complexo e para tanto precisa de um método pra simplificar e uma ajuda externa especializada pra orientar!
A existência de um conselho que se reúna e decida qual o melhor sucessor de seu líder, com base em um planejamento estratégico, feito com a participação de cada indivíduo chave da empresa familiar é fundamental nesse processo.
Cícero Rocha,
Fundador do Instituto Empresariar e Referência em Empresas Familiares.