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O Conselheiro que não chora: não acolhe!

O papel de acolhimento de um conselheiro em empresas familiares vai além da técnica ou da governança eficiente. Ele toca a essência humana. Acolher é o primeiro passo para reconhecer o outro como alguém que sente, pensa e busca sentido. No entanto, vivemos num tempo onde o pragmatismo absoluto domina, e a lógica fria dos resultados anestesia nossa empatia. Cada vez mais, vemos conselheiros e modelos de governança impermeáveis à dor e às emoções – conselheiros que não choram.

 

Aristóteles falava da PHRONESIS, a sabedoria prática. Não basta fazer o que é correto nos manuais, é preciso agir com prudência e humanidade. O conselheiro que acolhe entende que a empresa familiar é um espaço de encontros humanos. Seu papel é construir pontes, não barreiras.

 

Carl Rogers, na psicologia, destacou a empatia genuína como pilar de qualquer relação transformadora. O conselheiro que acolhe cria um espaço seguro para o diálogo honesto. Por trás de cada fundador, herdeiro ou colaborador, existem medos e sonhos. Ignorar isso é enfraquecer a governança.

 

Na antropologia, o ser humano é um ser de relação. O conselheiro deve ser o guardião dessa pertença. Ignorar o acolhimento é abrir as portas para a fragmentação interna. Empresas que negligenciam o emocional correm o risco de ruir por dentro.

 

Mas muitos conselheiros ainda acreditam que sensibilidade é fraqueza. Demonstrar emoção seria perder autoridade. Esse é o maior risco. Ao criar ambientes insensíveis, conselheiros geram desconexão emocional, e os vínculos que sustentam a longevidade das empresas familiares se rompem.

 

No entanto, será que acolher é um luxo? Se essa inquietação faz sentido, é hora de refletir. Questione o modelo que valoriza apenas os resultados dos acionistas e não o processo – a caminhada.

 

O conselheiro de empresas familiares não é apenas um especialista em governança, mas um “ARTESÃO DE RELAÇÕES HUMANAS”. Empresas familiares são, antes de tudo, famílias. E não há maior sucesso que perpetuar um legado baseado em confiança e acolhimento.

 

Se isso ressoou em você, te convido para minha Master Class no dia 11/11. Lá, vamos explorar esse e outros temas que colhi em mais de 20 anos como conselheiro de empresas familiares.

 

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Artigo original: Leia aqui.