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Uma posição de Conselheiro em Empresa Familiar: certificação, indicação ou preparação – quem garante?

O mercado brasileiro enfrenta um dilema: enquanto milhares de conselheiros certificados estão em busca de uma posição estratégica, pequenas e médias empresas familiares, que urgentemente necessitam de governança, ainda hesitam em contratar esses profissionais. Por que isso acontece? Certificação e indicação são suficientes para conquistar e manter uma cadeira no conselho de uma empresa familiar? Ou é a preparação adequada e especializada que faz a diferença? A verdade é que o insucesso na ocupação dessa posição é mais perigoso do que a própria falta de oportunidades – ele pode gerar frustração para o conselheiro e desconfiança na governança por parte da empresa familiar, minando o processo para o futuro.

 

Formação vs. preparação: uma diferença crucial

No mercado de governança, é comum confundir formação com preparação. No entanto, a formação é um processo generalista, que fornece uma base teórica e técnicas aplicáveis em diversas situações. A preparação, por outro lado, é específica, prática e voltada ao contexto em que o profissional atuará.

Um exemplo claro dessa distinção é a preparação CR – Conselheiro Especialista em Empresas Familiares. Enquanto a formação tradicional em conselhos oferece conceitos amplos e teorias de governança corporativa, a preparação CR foca na atuação prática em empresas familiares, alinhada ao BFB – Balanced Family Business. Essa preparação vai além da técnica e desenvolve competências comportamentais, como lidar com dinâmicas familiares complexas, mediar conflitos e integrar diferentes gerações no processo de governança.

 

Os riscos do insucesso na ocupação de Conselhos

O insucesso na ocupação da posição de conselheiro externo em uma empresa familiar é mais delicado do que a simples falta de contratação. Quando um conselheiro sem preparação adequada assume essa função e falha, os danos podem ser profundos:

• Frustração pessoal: O profissional pode se sentir inadequado e desmotivado, questionando sua competência e carreira.

• Desconfiança da governança: A empresa familiar, ao ter uma experiência negativa com o processo de governança, pode perder a fé na eficácia do conselho, tornando futuras implementações ainda mais difíceis.

• Impacto na cultura organizacional: A falta de alinhamento entre o conselheiro e a família pode criar tensões e minar a coesão interna, afetando o desempenho do negócio.

 

Certificação e indicação: caminhos necessários, mas não suficientes

A certificação é frequentemente vista como um pré-requisito para atuar como conselheiro. No entanto, como o mercado tem demonstrado, um certificado sozinho não é garantia de empregabilidade. Da mesma forma, a indicação pessoal pode abrir portas, mas não substitui a capacidade do conselheiro de lidar com as complexidades de uma empresa familiar. Sem preparação específica, o conselheiro corre o risco de ser uma peça inadequada em um sistema orgânico, gerando mais problemas do que soluções.

 

Por que Empresas Familiares exigem preparação especializada?

Empresas familiares possuem um ecossistema único. A aplicação de modelos tradicionais de governança, focados apenas em compliance e desempenho financeiro, frequentemente ignora os aspectos emocionais e culturais que moldam essas organizações. É aqui que o método BFB se destaca, pois oferece uma abordagem holística e orgânica, onde a integração entre família, negócios e patrimônio emocional é priorizada.

 

A preparação especializada pelo método BFB capacita o conselheiro a:

• Entender e respeitar a dinâmica familiar e os valores que norteiam a empresa.

• Promover uma integração entre gerações, garantindo continuidade e preservação do legado.

• Medir e alinhar expectativas dos sócios e familiares, evitando conflitos que possam comprometer a governança.

 

Empregabilidade em Conselhos: quem garante?

A empregabilidade em conselhos de empresas familiares não é garantida por um certificado ou por uma indicação. A verdadeira garantia está na preparação especializada – aquela que permite ao conselheiro entender, interagir e contribuir de forma significativa para a continuidade e crescimento da empresa familiar. Empresas familiares não querem apenas conselheiros certificados; querem conselheiros preparados, que compreendam a essência do negócio e ajudem a moldar um futuro sustentável.

 

Conclusão: preparação é a chave para uma posição sustentável

O mercado de governança está saturado de profissionais formados, mas carente de conselheiros realmente preparados. A diferença entre uma formação generalista e uma preparação especializada é a capacidade de gerar resultados e preservar a essência da empresa familiar.

 

O insucesso na ocupação de um conselho não é apenas um revés individual para o conselheiro – é um fracasso que pode prejudicar o processo de governança da empresa e desencorajar futuras tentativas. É por isso que a preparação CR, alinhada ao método BFB, se torna o diferencial competitivo. Ela forma conselheiros prontos para atuar no ambiente orgânico e emocional das empresas familiares, contribuindo de forma prática para a perpetuidade e a harmonia organizacional.

 

A verdadeira questão, portanto, não é “Quem tem um certificado?”, mas sim: “Quem está realmente preparado para entregar resultados em uma empresa familiar?”.

 

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Artigo original: Leia aqui.