O que fazer quando o herdeiro não se sente parte do negócio da família? Por Cícero Rocha

Primeiramente, o sentimento de pertencimento nos filhos deve ser implantado desde a infância, como algo simples mas que é muito significativo. Envolver as crianças desde pequenas nas atividades da família é uma maneira de incentivar e motivar para que elas permaneçam nos negócios e se sintam parte deles, depois que crescerem. Isso pode ser feito tanto levando os filhos para a empresa, quanto delegando pequenas responsabilidades, como pagar contas de baixo valor, montar uma planilha ou alimentar alguma informação no sistema, sob supervisão e sempre com amor e paciência, respeitando a fase.

Esse é um dos papéis dos mais velhos em uma família empresária, mostrar a todos da família que possuem pertencimento, que fazem parte completamente de um sistema familiar, assim será evitado que um herdeiro (a)/filho (a) sinta-se excluído (a) dos negócios e de todo o ecossistema.

Um planejamento estratégico no período de mais idade dos herdeiros é o ideal para auxiliar os indivíduos-chave em seus desenvolvimentos, no processo de integração e acompanhamento direto dos negócios e da família, além de que serão analisados os pontos fortes e os pontos a serem trabalhados, em cada um!

Evitar conflitos entre a família empresária e tentar sempre compreender e ouvir o ponto de vista de cada membro familiar, também são maneiras de evitar o sentimentos de não aceitação, não pertencimento, não importância ou não compreensão no ciclo familiar, principalmente dos herdeiros.

Cícero Rocha,

Fundador do Instituto Empresariar e Referência em Empresas Familiares.

O que fazer quando a nova geração NÃO quer trabalhar na empresa da família? Por Cícero Rocha

Esse questionamento é muito frequente no meu dia a dia.

Em uma entrevista a uma repórter da Rede Globo, essa questão me foi feita e retruquei que talvez a pergunta não fosse essa, e sim: “Por que elas não querem?”

Em minhas experiências nesses 20 anos cheguei a alguns entendimentos ainda pouco tratados de forma prática pela literatura e pelos especialistas e que venho utilizando com elevado sucesso na inclusão dessas gerações. É um processo metodológico que leva a construção de “Capital Emocional Positivo” desses indivíduos com o ecossistema empresa familiar.

Por que positivo?

Porque muitos desses jovens e adultos também foram impactados negativamente nas relações com as empresas da família.

Como assim? Destaco:

1) memórias que geram crenças limitadoras, tipo: em que a empresa é um lugar sofrimento, conflitos, guerra … na sua maioria implantadas pelos indivíduos chaves – fundadores, fundadoras, familiares que estão na empresa… – que alimentaram e alimentam a infância de muitos;

2) a família empresária constrói relações e mecanismos emocionais negativos – competitividade entre membros, julgamentos precoces de quem é competente ou não, gerando conflitos familiares que são responsabilizadas à empresa;

3) o ambiente da empresa não preparado, ou pior, preparado de forma inadequada e simplória para as relações complexas entre empresas e família. É incrível como todo mundo tem uma solução simples pras empresas familiares, mas que não funciona!

4) uma visão míope na preparação da família para que seus membros sejam somente herdeiros ou sucessores e não como indivíduos chave – felizes, cuidem da harmonia da família, lideranças da empresas … -.

Um dos cases mais vivenciados por mim é na nossa empresa familiar, onde todas as minhas filhas são impactadas positivamente desde criança.

Esse ano chegou a terceira geração. Essa da foto é a Cecília, a nossa primeira netinha que vem sendo bastante estimulada de forma positiva, liderada pela sua mãe Camilla, nossa filha do meio.

Aguarde a Cecília em breve nas “paradas”.

Quer saber mais? Tenha acesso a mais conteúdos do Instituto Empresariar no YouTubehttps://lnkd.in/gT8GSAK ou no nosso site: https://lnkd.in/eTHwxaP

 

Cícero Rocha,

Fundador do Instituto Empresariar e Referência em Empresas Familiares.

Divisão do poder em uma empresa familiar. Por Cícero Rocha

Às vezes, os problemas na empresa familiar envolvem disputas por dinheiro ou poder e isso está diretamente ligado à relação entre os membros da família. O líder primário não pode fazer distinção de poder entre os membros, ou seja, não se pode dar mais poder para um indivíduo-chave do que para outro e assim sucessivamente com toda equipe.

É necessário que demandas e direitos sejam acertados entre a família e equipe de forma justa, obviamente um patriarca ou uma matriarca irão estar na liderança por um tempo até que ocorra um processo de sucessão familiar, bem planejado e executado, mas os filhos e demais parentes que muitas vezes fazem parte do ecossistema devem ser tratados e designados de forma igualitária de acordo com as necessidades da empresa e suas respectivas funções.

Por exemplo, é necessário que haja um acordo familiar entre todos, que determina como será a relação entre a família, os sócios e a empresa. Que determinará a responsabilidade de cada um, tanto em decisões importantes como na resolução de problemas, sempre deixando claro o nível de autonomia de cada e o que todos em comum acordo julgarem necessário no acordo estabelecido. Além disso, é de suma importância que haja um conselho familiar, que pode ainda conter pessoas externas à empresa, como outros empresários, consultores e conselheiros.

Com estes passos o processo de divisão de poder dentro de uma empresa familiar se torna algo mais leve, tendo em vista que todos em comum acordo conseguirão decidir o código de ética do negócio, fazer o planejamento estratégico, avaliar como está o cumprimento das metas estabelecidas, definir os critérios para ingresso de membros da família na empresa, decidir o processo de preparação de herdeiros e de sucessão na gestão da empresa. E o combate de possíveis problemas, conflitos e crises da empresa.

Se a sua empresa estiver precisando reestabelecer ou implantar esses pontos, fique a vontade para bater um papo comigo e a equipe do Instituto.

 

Cícero Rocha,

Fundador do Instituto Empresariar e Referência em Empresas Familiares.