Armadilhas do pensamento no Conselho de Empresas Familiares

Ao longo de três décadas aconselhando empresas familiares, um livro sempre me intrigou e trouxe reflexões valiosas: “Rápido e Devagar – Duas Formas de Pensar” de Daniel Kahneman. A rotina de um conselheiro é um constante embate entre a intuição e a razão, entre o instinto rápido e a análise meticulosa. Mas quantos de nós reconhecemos quando nos deixamos levar por decisões automáticas, movidos pelo Sistema 1, e falhamos em acionar o Sistema 2, mais deliberado e analítico?

Kahneman descreve o Sistema 1 como nosso modo de pensar rápido, instintivo e emocional. É ele que muitas vezes impera nas salas de conselho, quando enfrentamos pressões familiares, disputas de poder ou sucessão.

 

Já presenciei conselheiros que, diante de um confronto entre pai e filho sobre o futuro da empresa, apoiavam automaticamente o lado mais forte ou carismático, sem ponderar as implicações de longo prazo para a família e a organização. Esta é a armadilha de agir sem reflexão: decisões que podem preservar a paz momentânea, mas comprometem a sustentabilidade e o legado da empresa.

 

E quanto ao viés da confirmação? É um dos mais traiçoeiros. A tendência de buscar apenas informações que reforçam nossas crenças pode sabotar conselhos estratégicos. Vi fundadores que, por orgulho ou temor, ignoravam dados que indicavam a necessidade de mudança. Um conselheiro de resultado deve questionar e analisar além do superficial, desafiando a verdade confortável e propondo soluções que, embora inicialmente incômodas, conduzam a empresa a um crescimento sólido.

 

Outro fenômeno perigoso é a aversão à perda, que leva muitos conselhos a evitarem decisões ousadas por medo de perder o controle ou de desagradar membros influentes da família. Esse medo paralisa, cria estagnação e impede a inovação. Identificar e expor essa dinâmica é papel fundamental do conselheiro que almeja transformar e proteger a empresa. Afinal, decisões movidas pelo medo tendem a comprometer o futuro da organização e a perpetuação do legado familiar.

 

No entanto, pensar devagar nem sempre é a resposta para todos os dilemas. Em crises, a agilidade do Sistema 1 pode ser essencial. Mas aqui está o segredo: um conselheiro sábio equilibra os dois sistemas. A experiência acumulada ao longo de anos — com acertos, falhas e um olhar atento sobre as dinâmicas familiares — permite saber quando confiar no instinto e quando desacelerar para analisar. O equilíbrio entre instinto lapidado e raciocínio estratégico é a marca de um conselheiro de resultado.

 

Mas agora, um convite à reflexão: você, #conselheiro ou aspirante, está consciente das armadilhas do seu #pensamento? Quando você desacelera para questionar a realidade ou se perde em análises que não saem do papel? Como identifica o momento de confiar no instinto treinado para agir com rapidez e o de buscar o raciocínio cuidadoso que evita erros fatais? É esta balança que diferencia os conselheiros que contribuem verdadeiramente dos que apenas ocupam uma cadeira.

 

E para você, leitor: faz sentido? Quais armadilhas já enfrentou em suas decisões? Compartilhe nos comentários. Vamos, juntos, expor as complexidades do pensamento e elevar o papel do conselheiro a um novo patamar de consciência e resultados.

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Conselho consultivo não!

Antes de desmistificar o papel do conselho consultivo nas empresas familiares, é essencial definirmos claramente os termos administração e consultivo. Administração refere-se ao ato de gerir, coordenar e tomar decisões estratégicas para o negócio, assegurando que ele funcione de maneira eficaz e sustentável. Em empresas familiares, essa função vai além das questões operacionais, englobando também a gestão de dinâmicas familiares, sucessão, sociedade e legado. Já o termo consultivo implica fornecer consultas, uma posição passiva, mas para um consultor, conselhos ou sugestões superficiais que influenciem a tomada de decisões, mas sem necessariamente ter o poder assertivo de decisão final.

Agora, o problema surge quando se afirma que conselhos consultivos em empresas familiares não têm envolvimento administrativo. Esse entendimento não só é equivocado como perigoso, levando a várias consequências negativas para a eficácia da governança. Todo Conselho em uma empresa familiar é, na prática, de administração, pois mesmo ao fornecer orientações, ele administra direta ou indiretamente o futuro do negócio, da família e dos sócios e influência demais nas execuções das decisões. Eu vivo esse mundo diariamente.

 

Administração não é um conceito estático

Em empresas familiares, administração não é apenas sobre decisões financeiras ou operacionais. Ela envolve a interação entre os membros da família, a gestão de expectativas e a preservação do legado. Dizer que os chamados conselhos consultivos não administra é subestimar a profundidade de suas responsabilidades. Na verdade, todo Conselho, seja consultivo ou deliberativo, administra. Esse ato vai além das decisões puramente operacionais ou fiduciárias, englobando a orientação estratégica e a preservação da cultura empresarial, familiar e societária.

 

As consequências de um viés conceitual

Esse entendimento equivocado de que o Conselho Consultivo não administra tem consequências reais e negativas que afetam empresários, conselheiros e o mercado:

 

1. Por parte dos empresários: a crença de que o conselho consultivo é inferior leva muitos empresários a desvalorizar sua importância, resultando na subutilização dos Conselhos Consultivos. Eles poderiam estar exercendo um papel muito mais estratégico na administração dos negócios, da família e do legado.

 

2. Por parte dos Conselheiros: esse viés também impacta os conselheiros, que tendem a inferiorizar os conselhos consultivos como opção de carreira. Consequentemente, profissionais que poderiam agregar valor acabam subestimando a qualidade de suas entregas. Isso limita o desenvolvimento da governança familiar, já que conselheiros desmotivados não atuam com o potencial necessário.

 

3. Por parte do mercado: o mercado também é impactado, acreditando que Conselhos Consultivos, por não terem poder de decisão final, não efetivam a governança. Isso cria uma percepção equivocada de que governança eficaz só ocorre com conselhos deliberativos, ignorando o papel fundamental que conselhos consultivos desempenham na administração das empresas familiares.

 

Consultivo ou Deliberativo: todo Conselho é de administração

O Conselho Consultivo, na prática, é um conselho de administração ajustado à realidade das empresas familiares. Ele administra, direta ou indiretamente, não apenas os negócios, mas também a família empresária, os sócios, o meio ambiente e o legado. A função de administrar não é exclusiva de conselhos deliberativos, e o papel do conselho consultivo é central para o funcionamento da empresa e para a construção de seu futuro.

Esse erro conceitual vem da tentativa de aplicar modelos de governança desenvolvidos para grandes corporações e não familiares a empresas familiares, onde a governança exige um equilíbrio entre negócios, família, legado e responsabilidades sociais.

 

Formalidade e deliberação: o papel real do Conselho Consultivo

Outro equívoco é acreditar que o conselho consultivo não tem formalidade ou poder de deliberação. Em empresas familiares com governança bem estruturada, o conselho consultivo segue processos formais com reuniões regulares, pautas claras e atas devidamente registradas. Mesmo que suas decisões não sejam legalmente vinculantes, elas influenciam diretamente a administração da empresa.

Ao propor mudanças estratégicas, sugerir soluções ou orientar processos de sucessão, o conselho consultivo delibera e, portanto, administra. A distinção entre conselhos consultivos e deliberativos, especialmente em empresas familiares, é artificial e não reflete a verdadeira prática de governança.

 

Conselho Consultivo não existe: todo Conselho é de administração

A distinção entre conselho “consultivo” e “deliberativo” em uma empresa familiar é, na realidade, irrelevante. Todo conselho é, de fato, um conselho de administração, independentemente do título que recebe. Ele administra os negócios, a família, os sócios, o meio ambiente e o legado da empresa. O conceito de que um conselho consultivo é passivo ou sem impacto é fruto de um modelo de governança que não se aplica ao contexto das empresas familiares.

Esse viés resulta na subvalorizarão dos conselhos consultivos pelos empresários, na falta de ambição dos conselheiros ao se engajarem com esses conselhos, e na percepção errônea do mercado de que governança eficaz só ocorre com conselhos deliberativos. No entanto, em empresas familiares, o Conselho Consultivo administra tanto quanto o deliberativo, e desempenha um papel crucial na preservação e perpetuação do negócio e do legado familiar.

 

Administração através de todos os pilares da Governança familiar

Ao desempenhar suas funções, o Conselho administra todos os aspectos críticos da empresa familiar, desde as questões operacionais e estratégicas até as dinâmicas familiares e a perpetuação do legado. A administração não se limita a decisões financeiras ou operacionais; ela engloba as relações familiares, a sucessão e a responsabilidade social e ambiental da empresa. Portanto, em empresas familiares, todo conselho é de administração.

Ignorar o papel administrativo do Conselho Consultivo é subestimar a complexidade e a importância da governança familiar. O impacto dessas deliberações influencia diretamente a perpetuidade da empresa e a preservação dos valores que a sustentam.

 

Conclusão: Conselho Consultivo não existe – todo Conselho é de administração

O conceito de Conselho Consultivo como um órgão sem peso administrativo é um erro que prejudica a governança familiar. Todo Conselho, seja ele consultivo ou deliberativo, exerce funções de administração, influenciando diretamente o futuro do negócio, a família, os sócios e o legado. A ideia de que o Conselho Consultivo é menor ou menos importante é fruto de um viés conceitual que não reflete a realidade das empresas familiares.

Então, diante desse panorama, como você vê o papel dos Conselhos em empresas familiares? Comente sua perspectiva!

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Uma posição de Conselheiro em Empresa Familiar: certificação, indicação ou preparação – quem garante?

O mercado brasileiro enfrenta um dilema: enquanto milhares de conselheiros certificados estão em busca de uma posição estratégica, pequenas e médias empresas familiares, que urgentemente necessitam de governança, ainda hesitam em contratar esses profissionais. Por que isso acontece? Certificação e indicação são suficientes para conquistar e manter uma cadeira no conselho de uma empresa familiar? Ou é a preparação adequada e especializada que faz a diferença? A verdade é que o insucesso na ocupação dessa posição é mais perigoso do que a própria falta de oportunidades – ele pode gerar frustração para o conselheiro e desconfiança na governança por parte da empresa familiar, minando o processo para o futuro.

 

Formação vs. preparação: uma diferença crucial

No mercado de governança, é comum confundir formação com preparação. No entanto, a formação é um processo generalista, que fornece uma base teórica e técnicas aplicáveis em diversas situações. A preparação, por outro lado, é específica, prática e voltada ao contexto em que o profissional atuará.

Um exemplo claro dessa distinção é a preparação CR – Conselheiro Especialista em Empresas Familiares. Enquanto a formação tradicional em conselhos oferece conceitos amplos e teorias de governança corporativa, a preparação CR foca na atuação prática em empresas familiares, alinhada ao BFB – Balanced Family Business. Essa preparação vai além da técnica e desenvolve competências comportamentais, como lidar com dinâmicas familiares complexas, mediar conflitos e integrar diferentes gerações no processo de governança.

 

Os riscos do insucesso na ocupação de Conselhos

O insucesso na ocupação da posição de conselheiro externo em uma empresa familiar é mais delicado do que a simples falta de contratação. Quando um conselheiro sem preparação adequada assume essa função e falha, os danos podem ser profundos:

• Frustração pessoal: O profissional pode se sentir inadequado e desmotivado, questionando sua competência e carreira.

• Desconfiança da governança: A empresa familiar, ao ter uma experiência negativa com o processo de governança, pode perder a fé na eficácia do conselho, tornando futuras implementações ainda mais difíceis.

• Impacto na cultura organizacional: A falta de alinhamento entre o conselheiro e a família pode criar tensões e minar a coesão interna, afetando o desempenho do negócio.

 

Certificação e indicação: caminhos necessários, mas não suficientes

A certificação é frequentemente vista como um pré-requisito para atuar como conselheiro. No entanto, como o mercado tem demonstrado, um certificado sozinho não é garantia de empregabilidade. Da mesma forma, a indicação pessoal pode abrir portas, mas não substitui a capacidade do conselheiro de lidar com as complexidades de uma empresa familiar. Sem preparação específica, o conselheiro corre o risco de ser uma peça inadequada em um sistema orgânico, gerando mais problemas do que soluções.

 

Por que Empresas Familiares exigem preparação especializada?

Empresas familiares possuem um ecossistema único. A aplicação de modelos tradicionais de governança, focados apenas em compliance e desempenho financeiro, frequentemente ignora os aspectos emocionais e culturais que moldam essas organizações. É aqui que o método BFB se destaca, pois oferece uma abordagem holística e orgânica, onde a integração entre família, negócios e patrimônio emocional é priorizada.

 

A preparação especializada pelo método BFB capacita o conselheiro a:

• Entender e respeitar a dinâmica familiar e os valores que norteiam a empresa.

• Promover uma integração entre gerações, garantindo continuidade e preservação do legado.

• Medir e alinhar expectativas dos sócios e familiares, evitando conflitos que possam comprometer a governança.

 

Empregabilidade em Conselhos: quem garante?

A empregabilidade em conselhos de empresas familiares não é garantida por um certificado ou por uma indicação. A verdadeira garantia está na preparação especializada – aquela que permite ao conselheiro entender, interagir e contribuir de forma significativa para a continuidade e crescimento da empresa familiar. Empresas familiares não querem apenas conselheiros certificados; querem conselheiros preparados, que compreendam a essência do negócio e ajudem a moldar um futuro sustentável.

 

Conclusão: preparação é a chave para uma posição sustentável

O mercado de governança está saturado de profissionais formados, mas carente de conselheiros realmente preparados. A diferença entre uma formação generalista e uma preparação especializada é a capacidade de gerar resultados e preservar a essência da empresa familiar.

 

O insucesso na ocupação de um conselho não é apenas um revés individual para o conselheiro – é um fracasso que pode prejudicar o processo de governança da empresa e desencorajar futuras tentativas. É por isso que a preparação CR, alinhada ao método BFB, se torna o diferencial competitivo. Ela forma conselheiros prontos para atuar no ambiente orgânico e emocional das empresas familiares, contribuindo de forma prática para a perpetuidade e a harmonia organizacional.

 

A verdadeira questão, portanto, não é “Quem tem um certificado?”, mas sim: “Quem está realmente preparado para entregar resultados em uma empresa familiar?”.

 

Convido você a participar da nossa live no dia 11/11, onde vou aprofundar como a Integração de Gerações Sustentável (IGS) e a governança ecossistêmica são fundamentais para construir empresas que prosperam no presente e no futuro. Inscreva-se em: https://lnkd.in/dKTSufha

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A armadilha das pseudo-formações: você está realmente preparado para atuar em uma Empresa Familiar?

Ministrando a nona aula do nosso curso de CR – Conselheiro Especialista em Empresas Familiares, preparação especializada e avançada em empresas familiares, o tema da “preparação” para atuar em empresas familiares emergiu como um ponto central. Discutimos o quanto uma formação verdadeira e aprofundada é crucial para assegurar que o profissional esteja pronto para enfrentar a complexidade desse ambiente único. A pergunta que fica é essencial: a sua formação realmente deixa você é um potencial cliente seguro para atuar como conselheiro em uma empresa familiar?

 

É comum que profissionais com carreiras de sucesso em grandes empresas e multinacionais considerem que sua experiência é suficiente para transitar com facilidade para o papel de conselheiro em uma empresa familiar. Mas será que essa trajetória é, de fato, adequada para lidar com as nuances e desafios desse ecossistema específico? Uma carreira sólida em uma grande empresa, mesmo que exemplar, não significa automaticamente que o profissional está pronto para a governança familiar. Afinal, ambientes corporativos e empresas familiares operam em dinâmicas totalmente diferentes. Além disso, um curso rápido e generalista, que cobre apenas o básico, é o bastante para preparar alguém para a posição de conselheiro em um ambiente tão complexo?

 

Goethe, o grande pensador alemão, nos deixou nove provocações poderosas sobre a ignorância, que podem nos ajudar a refletir sobre essas armadilhas. Talvez você esteja entre os muitos que acreditam que um título, uma certificação generalista ou uma carreira de sucesso em grandes corporações já garante competência para atuar em uma empresa familiar. Mas será que realmente o capacita? Ou será que o desejo de conquistar uma posição de prestígio está alimentando um ciclo de formações vazias?

 

Vamos explorar esses nove insights de Goethe, refletindo sobre como a falta de uma preparação verdadeira pode não só levar ao fracasso, mas transformar o conselheiro despreparado em um risco para a empresa familiar:

 

• 1 – “Nada é pior do que a ignorância ativa.” Muitos profissionais com carreiras de sucesso em multinacionais ou grandes corporações investem em formações que apenas mascaram a falta de conhecimento profundo sobre o contexto familiar. Esse tipo de programa vende uma confiança infundada, criando uma ignorância ativa que impede o aprendizado real. Pergunte-se: sua formação o deixa realmente preparado para a complexidade de uma empresa familiar ou apenas traz uma segurança ilusória?

 

• 2 – “A ignorância é o pecado original.” No contexto das empresas familiares, a falta de preparação é o verdadeiro pecado original. Sem um desejo genuíno de aprofundamento, não há transformação, e o conselheiro fica preso a uma visão limitada, incapaz de entender a delicadeza das dinâmicas familiares. Uma carreira em grandes corporações e um curso genérico podem deixá-lo vulnerável, perpetuando essa ignorância?

 

• 3 – “Ignorar a própria ignorância é a doença do ignorante.” Muitos profissionais bem-sucedidos assumem que sua experiência em grandes empresas os torna prontos para qualquer desafio. Mas será que essa formação realmente os preparou para as particularidades de uma empresa familiar? Ao acreditar que uma carreira sólida e um curso rápido bastam, você está ignorando o que ainda precisa aprender?

 

• 4 – “Saber onde se está ignorante é o melhor conhecimento.” A verdadeira preparação começa com o reconhecimento das próprias limitações. Ao basear sua confiança apenas em uma carreira de prestígio e em cursos rápidos, você está comprometido com essa autocrítica, ou apenas acumulando títulos sem a base necessária para atuar em um conselho familiar? A experiência em uma grande empresa é valiosa, mas é suficiente?

 

• 5 – “Nada revela tanto o caráter de um homem quanto o que ele ri.” Muitas pseudo-formações e programas rápidos vendem uma imagem de sucesso e prestígio, mas atendem ao ego, não à competência. Pergunte-se: você está realmente buscando conselhos de qualidade para lidar com a complexidade da empresa familiar ou busca apenas o prestígio de ter um título de conselheiro?

 

• 6 – “O homem que mais precisa de sabedoria é aquele que pensa saber tudo.” A falsa segurança proporcionada por uma carreira sólida e formações rápidas é um dos maiores perigos. Profissionais despreparados tornam-se vítimas de sua própria arrogância, acreditando-se prontos para liderar em um ambiente familiar sem a preparação adequada. Sua experiência e formação o preparam para enfrentar esse cenário ou apenas lhe dão uma confiança equivocada que pode colocar a empresa em risco?

 

• 7 – “Há uma falsa educação que nos ensina a desprezar o que não sabemos.” Essa atitude se reflete naqueles que desconsideram a profundidade e criticam quem escolhe uma preparação mais longa e rigorosa. Será que você está preparado para lidar com os desafios ou está desprezando o que não sabe, convencido de que sua formação é suficiente?

 

• 8 – “A educação apenas nos ajuda a perceber nossa ignorância.” Esse deveria ser o verdadeiro objetivo de toda formação. No entanto, vemos hoje cursos e eventos que mascaram as lacunas e oferecem uma ilusão de competência. Pergunte-se: sua formação foi realmente aprofundada ou apenas confortável o suficiente para não desafiar as suas próprias falhas?

 

• 9 – “Nenhum homem é mais escravo do que aquele que pensa ser livre sem sê-lo.” Muitos profissionais tornam-se escravos de suas carreiras anteriores e de certificações rápidas, acreditando que essas credenciais os libertam para o mercado. Mas será que essa “liberdade” é verdadeira ou apenas uma ilusão? A preparação autêntica exige um compromisso contínuo com o aprendizado, especialmente para lidar com a complexidade das empresas familiares.

 

A questão é clara: sua formação realmente o deixa seguro para atuar em empresas familiares? A verdadeira preparação para conselheiros não é algo fácil de alcançar; exige disciplina, autocrítica e um modelo profundo, muito além das certificações instantâneas e de uma carreira em uma grande empresa. Essas empresas são ecossistemas complexos, e os riscos de decisões mal embasadas são profundos — tanto para o negócio quanto para as relações familiares que o sustentam.

 

O mercado está saturado de pseudo-formações, prontas para alimentar a ignorância ativa de quem busca resultados fáceis. Goethe nos lembra que o caminho verdadeiro exige coragem para reconhecer nossas próprias limitações e sabedoria para buscar conhecimento real e aplicado. Essa é a preparação que transforma e que trará segurança para sua atuação — não uma formação superficial ou uma carreira em multinacional que apenas simula competência para essa posição tão específica.

 

Então, pergunte-se com sinceridade: a formação que você possui e sua experiência corporativa realmente o preparam para agregar valor como conselheiro em uma empresa familiar? Ou apenas contribuem para um título vazio, insuficiente para enfrentar os desafios desse ambiente tão particular? A resposta determinará se você está pronto para essa posição complexa ou se ainda há um caminho de verdadeiro aprendizado pela frente.

 

Dia 11/11 vou fazer uma conversa franca sobre a carreira de conselheiro num formato de live/Master Class/Webinar, sem custo pra quem tiver interesse.

 

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A saúde mental do Conselheiro: um pilar essencial e pouco abordado

O papel de um Conselheiro em uma empresa, especialmente em uma empresa familiar, vai muito além da análise técnica e das decisões estratégicas. Ele exige equilíbrio emocional, capacidade de mediação em situações complexas e habilidade para lidar com expectativas familiares e empresariais simultaneamente. No entanto, a saúde mental desses profissionais é um tema pouco discutido, embora essencial para o desempenho sustentável da função.

 

O desafio invisível: carga emocional e pressão constante

Conselheiros frequentemente se encontram no centro de decisões críticas, lidando com a pressão por resultados, conflitos entre sócios e, muitas vezes, tensões familiares. O desgaste emocional pode ser silencioso, mas acumulativo, impactando diretamente sua capacidade de julgamento e liderança. Infelizmente, muitos profissionais não recebem suporte psicológico adequado e enfrentam essas pressões sozinhos, o que pode levar à fadiga emocional, ansiedade ou mesmo esgotamento.

 

A preparação do CR e o acompanhamento terapêutico no Instituto Empresariar

No Instituto Empresariar, a preparação de um CR – Conselheiro Especialista em Empresas Familiares vai além da formação técnica. O método utilizado considera a saúde mental como um pilar estratégico, essencial para que o conselheiro possa exercer sua função com excelência e equilíbrio.

 

Por que a saúde mental é fundamental para um CR?

• Gestão de conflitos: um Conselheiro preparado emocionalmente tem maior capacidade de mediar conflitos e lidar com tensões familiares.

• Tomada de decisão consciente: a saúde mental equilibrada permite que o conselheiro mantenha a clareza em decisões sob pressão.

• Resiliência e sustentabilidade: cuidar da saúde mental é essencial para que o conselheiro tenha longevidade na função, sem sucumbir ao esgotamento.

 

Acompanhamento terapêutico na preparação de CRs

O Instituto Empresariar diferencia-se ao incluir acompanhamento terapêutico como parte da preparação dos seus conselheiros. Esse acompanhamento oferece um espaço para:

• Autoconhecimento e reflexão: Identificar padrões emocionais que podem interferir na atuação.

• Prevenção ao esgotamento: Monitorar sinais de fadiga e criar estratégias de autocuidado.

• Desenvolvimento de habilidades emocionais: Fortalecer a inteligência emocional, essencial para a função.

 

Quebrando o silêncio: a importância da discussão sobre saúde mental

Falar sobre saúde mental no contexto de conselhos ainda é um tabu no mercado. No entanto, é essencial reconhecer que o sucesso de um conselheiro não depende apenas de habilidades técnicas, mas também de sua capacidade de gerir emoções e lidar com situações de alta complexidade. Ao dar atenção a esse aspecto, o Instituto Empresariar está inovando e humanizando a governança, preparando conselheiros para um desempenho mais equilibrado e sustentável.

 

A nova era da Governança humanizada

Cuidar da saúde mental de um Conselheiro é essencial para que ele possa entregar resultados consistentes e manter-se ativo no longo prazo. A preparação oferecida pelo Instituto Empresariar, com o acompanhamento terapêutico como parte integrante, coloca a humanização e a sustentabilidade no centro da formação de Conselheiros de Resultados.

 

Assim, o futuro da governança passa por profissionais preparados não apenas tecnicamente, mas também emocionalmente, prontos para lidar com os desafios únicos das empresas e das famílias empresárias.

 

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