Divisão do poder em uma empresa familiar. Por Cícero Rocha

Às vezes, os problemas na empresa familiar envolvem disputas por dinheiro ou poder e isso está diretamente ligado à relação entre os membros da família. O líder primário não pode fazer distinção de poder entre os membros, ou seja, não se pode dar mais poder para um indivíduo-chave do que para outro e assim sucessivamente com toda equipe.

É necessário que demandas e direitos sejam acertados entre a família e equipe de forma justa, obviamente um patriarca ou uma matriarca irão estar na liderança por um tempo até que ocorra um processo de sucessão familiar, bem planejado e executado, mas os filhos e demais parentes que muitas vezes fazem parte do ecossistema devem ser tratados e designados de forma igualitária de acordo com as necessidades da empresa e suas respectivas funções.

Por exemplo, é necessário que haja um acordo familiar entre todos, que determina como será a relação entre a família, os sócios e a empresa. Que determinará a responsabilidade de cada um, tanto em decisões importantes como na resolução de problemas, sempre deixando claro o nível de autonomia de cada e o que todos em comum acordo julgarem necessário no acordo estabelecido. Além disso, é de suma importância que haja um conselho familiar, que pode ainda conter pessoas externas à empresa, como outros empresários, consultores e conselheiros.

Com estes passos o processo de divisão de poder dentro de uma empresa familiar se torna algo mais leve, tendo em vista que todos em comum acordo conseguirão decidir o código de ética do negócio, fazer o planejamento estratégico, avaliar como está o cumprimento das metas estabelecidas, definir os critérios para ingresso de membros da família na empresa, decidir o processo de preparação de herdeiros e de sucessão na gestão da empresa. E o combate de possíveis problemas, conflitos e crises da empresa.

Se a sua empresa estiver precisando reestabelecer ou implantar esses pontos, fique a vontade para bater um papo comigo e a equipe do Instituto.

 

Cícero Rocha,

Fundador do Instituto Empresariar e Referência em Empresas Familiares.

Como está o planejamento da sua empresa familiar? Por Cícero Rocha

Muitas empresas falham em não conseguir efetuar um planejamento estratégico eficaz que contemple as características dos empreendimentos familiares.

Mas vocês sabem por que isso acontece?

São variados motivos, mas vamos destacar alguns abaixo: ⤵⠀

1. Planejamento focado apenas no negócio: o planejamento estratégico de uma empresa familiar não deve se resumir apenas às perspectivas financeiras, ao mercado, aos processos e aos clientes (BSC). Existem outros fatores cruciais que devem ser levados em consideração: família, indivíduos-chave e societário.⠀

2. Planejamento não adequado pra realidade das empresas familiares: é muito comum que se tente implementar um planejamento estratégico a partir de métodos e modelos de gestão pensados pra empresas não-familiares. A consequência disso é um planejamento que não dá conta dos riscos, ameaças e oportunidades exclusivas aos empreendimentos familiares. ⠀

3. Hierarquia e Ordem: a compreensão de que todo o ecossistema de uma empresa familiar deve ser orientado pela estratégia e não o inverso.

No Instituto Empresariar, a implementação do planejamento estratégico é orientada pelo Método BFB – Balanced Family Business, uma metodologia desenvolvida exclusivamente para as empresas familiares brasileiras.  Com o método BFB – Balanced Family Business, é possível não só apurar as peculiaridades das empresas familiares, como as distinções que existem entre cada uma delas. ⠀

Precisando de ajuda no desenvolvimento do Planejamento da sua Empresa Familiar? Fale conosco.

 

Cícero Rocha,

Fundador do Instituto Empresariar e Referência em Empresas Familiares.

Sucessão é, quase sempre um problema? Por Cícero Rocha

A sucessão pode ser um grande problema para uma organização se mal preparada e exercida! Há vários pontos em que uma sucessão pode falhar, como: falta de planejamento, decisões erradas, medo de assumir o posto de presidente ou gestor principal, falecimento de indivíduos-chave — caso a empresa não seja preparada maduramente para este possível acontecimento, conflitos entre equipe e gestão e ganância de poder entre os possíveis sucessores/familiares do (a) gestor (a).

No entanto, é preciso cautela na jornada de ambos os envolvidos, o sucedido e o sucessor, além de todo ecossistema empresarial que está incluso dentro das mudanças de gestão. Para evitar os possíveis problemas em uma sucessão é necessário que o sucessor prepare o seu sucedido, desde os valores repassados, cultura organizacional da empresa, material que é preciso conhecimento a cerca da empresa no geral e a capacitação por meio de cursos, palestras, reuniões e vivências. São etapas em que o sucessor vai sendo moldado para assumir e exercer com competência o papel de gestor.

Nessa fase que antecede uma importante sucessão, a comunidade da empresa, a sua liderança e a sua cultura têm papéis essenciais. Não pense que apenas quem escolhe e vota tem papel-chave. Se a organização é madura para encarar o processo, cada parte desempenha os seus papéis de forma íntegra e coordenada. A liderança e a cultura têm vida e força para influenciar aqueles que escolhem e manejam o processo sucessório.

Outro ponto é uma sucessão em períodos de crise, desafio dobrado. Vamos analisar duas situações muito comuns. Nos processos sucessórios, deve-se sempre considerar as competências objetivas, as subjetivas e aquelas que uma vez relacionadas ao propósito, unem esses dois grupos e fazem uma pessoa ou empresa ter características estadistas. Aliás, vale ressaltar que a ética é tão essencial que não deveria ser atributo, e sim pré-requisito básico. No mundo empresarial isso é de extrema relevância!

O segredo é ter em mente que a melhor alternativa para uma sucessão assertiva envolverá competência, valores, ética, capacidade de realização e a fundamental capacidade de união, hoje mais necessária do que nunca. Esses são alguns dos desafios neste processo.

Precisando de ajuda no processo de sucessão? Conte com a gente, nós sabemos como te ajudar.

 

Cícero Rocha,

Fundador do Instituto Empresariar e Referência em Empresas Familiares.

Diversificação dos negócios em empresas familiares. Por Cícero Rocha

É importante ter cautela na hora de diversificar os negócios de uma empresa familiar, pois antemão, a essência principal de seu negócio não pode ficar de lado, porque ali provavelmente está o que chamamos tecnicamente: a sua competência essencial – rara, difícil e cara para copiar – que a blinda dos demais concorrentes. Mapear essa competência essencial deve ser prioridade, já que consiste no que a leva a sua empresa a se perpetuar.

Entretanto, é interessante sim, diversificar o ecossistema familiar!

Então pensemos, se em um momento específico o plano estratégico indica a possibilidade de diversificação nos negócios, essa diversificação vai impactar todo o Ecossistema. Daí sugiro utilizar o método específico para empresas familiares como BFB – Balanced Family Business, que balanceia todo o Ecossistema – os indivíduos-chave, família empresária, empresas, sócios e patrimônio, pois:

1) é preciso que os indivíduos-chave reflitam e debatam de forma intensa e conjunta sobre essa oportunidade;

2) as decisões do conselho familiar precisam ser assertivas e no tempo correto, para que isso não traga problemas futuros, pois a diversificação dos negócios, conforme as minhas experiências utilizando o método (BFB), são os novos galhos da árvore, para isso as raízes (indivíduos-chaves) e o tronco (família empresária) que irão segurar os novos galhos (negócios) precisam estar firmes, ou seja, os líderes governantes e família empresária precisam estar preparados e capacitados corretamente para realizarem uma boa gestão!

Destaco a família empresária, que é o tronco desta árvore e deve estar completamente ciente dos passos que a empresa irá avançar e seus impactos na família. Como é um assunto que exige uma certa expertise e técnica, caso queria saber mais sobre este processo ou precise de ajuda em algum dos pontos que citados, entre em contato conosco, que será um prazer lhe ajudar!

 

Cícero Rocha,

Fundador do Instituto Empresariar e Referência em Empresas Familiares.

Governança: uma questão crítica nas turbulências. Por Cícero Rocha

Em períodos de turbulência, a ausência de uma boa governança pode inviabilizar muitas empresas familiares, pondo em risco sua perpetuação. Epidemias, desastres naturais, guerras ou mesmo recessões econômicas parecem eventos improváveis, e, justamente por isso, costumam nos pegar desprevenidos.

Nesses últimos 30 anos, experienciando variadas crises que impactam uma empresa familiar, algo que tem me auxiliado muito é o Método BFB, uma metodologia desenvolvida pelo Instituto Empresariar exclusivamente para as empresas familiares brasileiras e que as define como um ecossistema orgânico constituído por quatro subsistemas integrados.

Nessa perspectiva, lidar com os impactos de momentos adversos nos negócios familiares exige uma compreensão anterior sobre como essas situações podem impactar a cada uma dessas partes constituintes, sendo elas:

Indivíduos-chave:

Em momentos de turbulência, os indivíduos-chave — fundadores (as), funcionários antigos, isto é, aqueles que sofrem e/ou exercem elevada influência no sistema como um todo, podem ficar emocional e psicologicamente abalados.

A desestabilização dessas lideranças frequentemente impacta todo o ecossistema familiar. Em especial quando os mesmos não têm uma visão de futuro alinhada.

Fámilia empresária:

Há uma fragilização das relações familiares em momentos de crise, seja pela perda de parentes ou pela privação dos momentos de convívio doméstico e social, ultrapassando o âmbito da família e contaminando os negócios.

Para um empreendimento familiar, uma família em desarmonia equivale a uma empresa debilitada. Em momentos de crise, deve-se redobrar os cuidados com a harmonia da família empresária.

Empresa familiar:

As consequências de períodos de turbulência podem ser sentidas pela empresa familiar de dois modos: a curto prazo, experimenta-se o assombro repentino com queda de vendas, fechamento de filiais, descontrole de caixa e renegociação de dívidas, algo não rotineiro ao ambiente dessas empresas; a médio e longo prazo, são sentidos os efeitos mais profundos e de maior impacto, mas menos visíveis.

Destaco: o mapa mental, mindset das lideranças, sócios, que precisam ser atualizados diante das mudanças que ocorrem comumente no pós-turbulência. Esse ponto é mais crítico em uma empresa familiar dada a uma das suas características mais comuns: o conservadorismo.

Sócios:

Sem um devido planejamento acordado e participativo, formalizado e legalmente estruturado, momentos extraordinários de crise comprometem seriamente as relações societárias da empresa familiar.

A necessidade de planejamento patrimonial e de definição de regras entre os sócios se acentua, sobretudo em situações como a de falecimento ou inabilitação de sócios, com a consequente entrada de seus herdeiros e familiares na gestão da empresa.

Como profissionalizar para perpetuar?

Não são todas as empresas familiares que se desestabilizam em momentos adversos.

Conforme estudo elaborado em 2020 pelo banco suíço Credit Issue, a lucratividade e a estabilidade de empresas familiares durante a pandemia da COVID-19 foram mais altas do que de outros negócios, gerando também maiores margens de ganho para os acionistas. Diante disso, nos questionamos: por que, em momentos turbulentos, alguns empreendimentos familiares prosperam e outros são profundamente afetados?

A resposta é simples: empresas que investem na profissionalização e na expansão dos seus negócios estão muito mais preparadas, fortalecidas e bem assistidas para lidar com situações de crise.

Dentre as soluções profissionais mais buscadas está a Governança Corporativa — um mecanismo de gestão que, de maneira estruturada e adequada à realidade de cada negócio, visa garantir a perpetuidade de todo ecossistema da empresa familiar.

Agilidade, método e um especialista

Nesses últimos 20 anos atuando no Instituto Empresariar, tenho tido sucesso na implementação da Governança a partir do instante em que me utilizei do método Balanced Family Business (BFB), uma metodologia largamente testada, com elevada base teórico-científica que, por meio de técnicas, processos, ferramentas e postura, permite orientar de forma integrada os envolvidos nos negócios e os profissionais que os auxiliam.

Na perspectiva do Método BFB, a empresa familiar é um ecossistema orgânico, vivo, formado por quatro subsistemas integrados (como já visto acima), mas que possuem objetivos específicos e um desejo único de perpetuar todo o ecossistema.

A implementação desse método auxilia na estabilização da Governança e de todos os demais processos de gestão da empresa familiar.

Uma Governança implementada com êxito irá garantir a manutenção de um conselho atuante e com uma arquitetura de informação capaz de analisar e avaliar o desempenho da empresa, alinhar o foco à estratégia e ter uma excelente dinâmica de relacionamento com os indivíduos, a família e os sócios. Além disso, é também fundamental, sobretudo em períodos turbulentos, que as famílias empresárias consigam encarar abertamente a crise, estipulando métodos sadios de discussão e processos de decisão transparentes.

Neste sentido, a implementação da Governança Corporativa é o investimento ideal, pois ela não só irá facilitar um fluxo de comunicação maduro entre todas as partes interessadas, como irá estabelecer uma relação de confiança entre empresa e stakeholders.

Os líderes de empresas familiares, agora mais do que nunca, precisam fazer todo o possível para garantir que suas escolhas sejam feitas com base em análises cuidadosas. A qualidade da tomada de decisões pode ser aprimorada por meio de uma estrutura de Governança — Conselho de Família, Conselho de Negócio e Conselho dos Sócios. Para aqueles que já têm um processo de governança em andamento, os períodos de crise são oportunos para reavaliar o seu funcionamento.

Alinhamento e balanceamento é fundamental para o sucesso 

No Instituto Empresariar, entendemos a Governança Corporativa de uma empresa familiar como um processo integrado e balanceado entre os indivíduos-chave, a Governança da Empresa, a Governança Societária e a Governança Familiar. Compreendemos que a conciliação dessas três frentes garante políticas e relações sólidas que auxiliam os negócios familiares na superação dos problemas impostos por períodos adversos.

Os momentos de turbulência são desafiadores, mas, para aqueles que estão abertos e dispostos à mudança, podem oferecer grandes oportunidades. A Governança é uma delas.

Cícero Rocha, CEO e Fundador do Instituto Empresariar, Mestre em administração e educador, professor de MBA de escolas Americanas e Brasileiras. É o principal especialista em empresas familiares do Brasil com maior atuação prática no País, já implantou mais de 1380 projetos em mais de 600 empresas em todo o território nacional.

Quer saber mais como podemos te ajudar no processo de Governança da sua empresa? Entre em contato conosco.

 

Cícero Rocha,

Fundador do Instituto Empresariar e Referência em Empresas Familiares.

Objetivos e metas nas Empresas Familiares

Quando se trata sobre estratégias em empresas familiares, pouco se aborda a conexão com a família em todo o seu contexto desde da elaboração até a implementação. Pois tratam-se empresas familiares como um negócio com objetivos somente financeiros, mas a sua principal característica é a presença da família no negócio, então torna-se relevante considerar a família em todos os seus mecanismos e de forma essencial nas estratégias do negócio.

No que se refere a estratégias e metas nas empresas familiares pode se considerar quatro elementos: etapa de formulação; partes envolvidas; formação de metas; e alinhamentos entre os objetivos.

De forma inicial, ao considerar a formulação da estratégia nas empresas familiares contempla-se: compromisso da família com o futuro dos negócios, avaliação da saúde dos negócios, consideração de aspectos pessoais dos indivíduos-chave da empresa familiar e avaliação dos interesses e capacidades da família.

Em segundo momento, após a definição das estratégias, o que pode ser considerado como fator influenciador do estabelecimento das metas são: a transferência do conhecimento da família, processo de sucessão, desejo de preservar a riqueza socioemocional da família, o desempenho financeiro anterior da família, objetivos estratégicos da família, disposição da família proprietária em tomar decisões, além do estilo de vida e espiritualidade dos indivíduos-chave (WILLIAMS et al., 2018).

Após a elaboração e estabelecimento das metas, pondera-se as partes envolvidas que irão auxiliar na execução, com isso deve-se analisar quem são e como encontram-se esses indivíduos-chave da empresa familiar.

Eles podem ser considerados: Membro da Família não envolvido no negócio; Não membro da Família; Não membro da Família e acionista (não envolvido no negócio); Membro da Família, acionista e não envolvido no negócio; Não membro da família e acionista; Membro da Família e envolvido no negócio; e Membro da Família, envolvido no negócio e acionista.

Por fim, para o alinhamento das estratégias nas empresas familiares têm-se o método Balanced Family Business, desenvolvido pelo Instituto Empresariar, que tem como objetivo perenizar as empresas familiares.

Esse método considera que as empresas familiares são compostas por indivíduos-chave, por uma família, um negócio e sócios. E ao elaborar as estratégias nesse tipo de organização torna-se relevante fazer um alinhamento entre essas quatro dimensões para propiciar um ambiente duradoura para as famílias e seus negócios.

O Instituto Empresariar pode te auxiliar com o desenvolvimento das suas metas e objetivos. Quer saber mais? Entre em contato com a gente.

 

REFERENCIAS

WILLIAMS JR, Ralph I. et al. Family firm goals and their effects on strategy, family and organization behavior: A review and research agenda. International Journal of Management Reviews, v. 20, p. S63-S82, 2018.

Como aumentar a produtividade em home office?

O surto do Coronavírus (COVID-19) causou grandes mudanças nas formas de trabalho, entre elas o home office. Abaixo daremos dicas de como manter e até aumentar a produtividade no trabalho em casa.

1- CONCENTRAÇÃO E FOCO: Ao trabalharmos em casa tudo fica a nossa mão, então devemos evitar lanches fora de hora, conversar com familiares, acessos em redes sociais, etc. No home office seu foco deve ser desenvolver seu trabalho sem interferências. (ACHO ISSO BEM DIFÍCIL, INCLUSIVE PARA QUEM TEM FILHOS EM CASA… SUGIRO ESTABELECER ROTINAS COM PAUSAS PROGRAMADAS).

2- ORGANIZAÇÃO: É imprescindível manter um local em sua casa reservado para o home office. Inicie separando todos os materiais necessários para desenvolver suas atividades, dê preferência a lugares com boa iluminação e silenciosos.

3- BOA COMUNICAÇÃO: Comunicarmos é essencial, para isso faz-se necessário dominar alguns aplicativos, muitos deles gratuitos, como Google Hangouts Meet, Zoom, Microsoft Teams e até mesmo o Skype, plataformas como essas podem auxiliar o processo de comunicação nas organizações e com as equipes.

4- ORGANIZE SEUS HORÁRIOS: Um calendário ou agenda eletrônica podem ajudar a organizar melhor os compromissos de trabalho. Caso você não tenha o hábito de utilizar agenda eletrônica ou online, você pode imprimir um quadro e preencher manualmente com os seus compromissos. Mantenha sempre o calendário ou agenda em local visível.

5- CHEQUE A CAIXA DE ENTRADA DO SEU E-MAIL REGULARMENTE: Estabeleça uma frequência de tempo para verificar a sua caixa de e-mail, para não perder informações importantes, e-mails da empresa, solicitações de clientes, mas também que não atrapalhe a sua concentração.

6- APROVEITE O TEMPO PARA ESTUDAR: Home office não é sinônimo de férias e vai exigir cada vez mais organização. Muitas empresas disponibilizaram cursos, livros e conteúdos gratuitos online para que você possa passar esse período de forma positiva, adquirindo novos conhecimentos. Priorize aqueles cursos, que na sua percepção, podem agregar mais ainda nas suas atividades diárias.

7- PACIÊNCIA: Temos que manter a calma no processo, todos estamos aprendendo, então não precisa ansiedade. Seja empático com sua equipe, todos temos um tempo de aprendizado.

Espero que tenham gostado das dicas!

RH nas Empresas Familiares

Nas empresas familiares um assunto pouco tratado com especificidade é a sua gestão de talentos ou recursos humanos.

Questões de: Como gerir os talentos da família na empresa? E os talentos que não são da família como são tratados na empresa, posso tratar da mesma forma que um familiar? E Como a gestão de talentos de uma empresa familiar está preparada para atuar com essas questões?

As pesquisas de Hoon, Hack e Kellermanns, (2019) afirmam que os recursos humanos na empresa familiar estão voltados somente para compreender a influência da família na empresa. No entanto, é preciso compreender que as empresas familiares possuem objetivos múltiplos: financeiros e não financeiros como reputação da família, transmissão de valores nas próximas gerações e harmonia familiar.

Assim, pode-se contemplar aspectos de como disseminar e integrar os valores, atitudes e interesses da família que potencializem o negócio e que também auxiliem no crescimento da riqueza socio-emocional da família (SOCIAL EMOTIONAL WEALTH – SEW).

Além disso, é muito importante integrar os interesses dos próprios indivíduos-chave, do sistema da empresa familiar, fazendo com que os mesmos criem pertencimento sobre a empresa que atuam. Não menos importante, fazer com que as competências, habilidades e atitudes das pessoas potencializem as riquezas dos sócios.

Outro ponto relevante, é que a área de recursos humanos nas empresas familiares pode utilizar práticas de desenvolvimento humano aliado às diretrizes de sucessão do negócio e da família para que assim desenvolva os seus membros com uma orientação estratégica voltada para a longevidade da empresa familiar.

Além disso, contempla-se os membros não familiares que atuam na empresa. E como reter esses talentos ao mesmo tempo em que se é compreendido que alguns cargos serão preenchidos somente por membros da família? Possuir práticas de desenvolvimento que demonstrem segurança e reconhecimento são amplamente geradoras de retenção de talentos (CRUZ et al., 2017).

E ao considerar empresas familiares, o Instituto Empresariar desenvolveu uma metodologia denominada Balanced Family Business – BFB que considera que uma empresa familiar é composta por quatro subsistemas: indivíduo-chave, família, negócios e sócios. E ao tratar de recursos humanos, por exemplo, realiza-se uma integração de interesses entres esses subsistemas para que se torne possível um balanceamento da empresa familiar.

Quer saber mais? Entre em contato conosco.

A influência da família nas empresas familiares

Costume de casa vai… para a empresa? A influência da Família nas Empresas.

As empresas familiares são consideradas empresas pouco duradouras e com isso acabam no descredito de toda a sua cadeia de valor, como funcionários, fornecedores, o mercado em que atua, banco de investimentos, clientes e sociedade em que está inserida.

Em muitos casos isso ocorre pois, os indivíduos–chave dessas empresas não reconhecem que possuem influências nas suas tomadas de decisões além do ambiente negócios, ou seja, há dimensões nas empresas familiares que precisam ser consideradas em todas as suas decisões. Dimensões estas que são: família, sócios, negócios e indivíduos-chave, tendo em vista que elas se inter-relacionam compondo o sistema vivo e orgânico que são as empresas familiares.

Uma vez que é considerada a relação da família com o negócio, estudos demonstram que as empresas familiares são consideradas um sistema de comunicação que toma suas decisões baseadas em premissas que são moldadas na família. Essas premissas são condições para a tomada de decisões que permite a coordenação intencional das decisões nas organizações.

Assim, as influências das empresas familiares nos negócios são denominadas de Familiness, que são um conjunto de premissas de decisão que expressam a influência da família de negócios em suas empresas.

Segundo estudos de Frank et. al (2017) as influencias ocorrem por meio de cinco aspectos relacionados ao interesse das empresas: propriedade, gestão e controle; nível de atividade dos membros da família no negócio; orientação para as outras gerações; vínculo empregatício da família no negócio; e identidade familiar nos negócios.

Sobre o aspecto de ter o compromisso em manter a propriedade, a gestão e os controles dos negócios na família ocorre quando há a presença de membros da família na alta gestão dos negócios e apenas membros são autorizados da família a participar da propriedade do negócio.

Já sobre o nível de atividade dos membros da família na empresa, relaciona-se com as competências e desempenho dos membros familiares serem semelhantes, em comparação aos não-membros da família. Assim, tornando a empresa mais competitiva e profissionalizada.

Além disso, outro ponto de influência é o compartilhamento de informações do negócio na companhia, que nem sempre são realizadas em reuniões estruturadas na empresa, como por exemplo, pode ser em uma conversa no jantar com seu cônjuge. No entanto o membro da família que atua no negócio levará também em consideração as conversas informais nas tomadas de decisões na empresa.

Mas também, considera-se como influência da família no negócio, quando há uma preocupação dos sócios em manter os negócios atraentes para os membros da família, em especial as futuras gerações, e também da exclusividade em vender as ações das empresas apenas para membros da família.

Diante do contexto em gerar um ambiente adequado para o desenvolvimento das gerações futuras, as influências da família no negócio se caracterizam também pela relação que os proprietários possuem com os seus empregados que costumam ir além da relação econômica, pois cria-se uma relação de confiança mútua, em que em alguns momentos eles são seus confidentes e que a empresa busca manter e desenvolver seus funcionários-chaves.

Por fim a influência da família nos negócios também pode ocorrer por meio de como a empresa interage com a sociedade e comunidade, como por exemplo a realização de ações que se preocupem com o bem-estar social da sua comunidade.

Logo percebe-se que a influência da família nos negócios nem sempre é originária nas ações da empresa, e em alguns momentos em situações informais e fora do ambiente corporativo. Diante disso, fazer o alinhamento entre as expectativas dos negócios, da sociedade e da família para que ambas as influências estejam em um sentido similar necessita-se de um método estruturado.

Com isso, o Instituto Empresariar, especialista em empresas familiares, possui uma metodologia chamada Balanced Family Business – BFB que parte da premissa que as empresas familiares precisam de um balanceamento entre as dimensões, sociedade, família, negócios e indivíduos-chave para que haja uma relação de harmonia entre esses papeis no contexto de famílias empresárias.

Quer saber mais sobre o BFB? Fale conosco.

Camilla Cruz
Especialista em Empresas Familiares
Doutoranda em Governança das Empresas Familiares- UNIFOR

8 passos para auxiliar na definição de um sucessor na empresa familiar: foco negócio

Quer conhecer os 8 passos que irão te ajudar na definição de um sucessor na sua empresa familiar? Te apresentaremos quais são logo abaixo:

1. Identificar os indivíduos-chave em uma empresa familiar

A identificação dos indivíduos-chave deve considerar os 7 papéis que o Sistema da Empresa Familiar possui. Ainda não conhece quais são esses papéis? Seguem abaixo quais são esses papéis:

1- Familiares que não atuam no negócio e nem na sociedade;
2- Familiares que atuam no negócio mas não são sócios;
3- Familiares que não atuam no negócio mas são sócios;
4- Não familiares que atuam no negócio e não são sócios;
5- Não familiares que atuam no negócio e são sócios;
6- Não familiares que não atuam no negócio e não são sócios;
7- Membros da família que atuam no negócio e são sócios.

2. Mapear as estratégias da família

Identificar e mapear quais são as estratégias da família, os acordos de convivência e o posicionamento do conselho de família no que se refere aos processos sucessórios, ajudarão a definir o caminho a seguir.

3. Mapear as estratégias do negócio

Mapear através do planejamento estratégico da empresa quais são seus caminhos futuros e alinhar quais serão os conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias para alcançar a efetividade dos negócios, ajudarão a desenhar o perfil do sucessor mais adequado para essa transição.

4. Mapear as estratégias dos sócios

Verificar no planejamento estratégico dos sócios, de forma que identifique as expectativas futuras dos mesmos, para que assim se alinhe as expectativas do possível sucessor.

5. Sucessor que irá promover uma empresa familiar Balanceada

Para que o processo de sucessão aconteça de forma Balanceada, é preciso preparar um perfil de sucessor de forma que atenda as necessidades da harmonia da família, a efetividade dos negócios e a elevação do patrimônio dos sócios.

6. Estabelecer os processos sucessórios

É muito importante definir como todo o processo de recrutamento e seleção será realizado, para a renovação do cargo e posse do sucessor, sem maiores contra-tempos.

7. Verificar os possíveis sucessores

Listar os possíveis candidatos a sucessores do negócio e alinhar o perfil mais aderente à promoção da Empresa Familiar Balanceada é fundamental. Além disso, é impressindível considerar o bem-estar desse indivíduo ao atuar nessa posição considerando a sua saúde física, mental e espiritual.

8. Deliberação

Implementar todo o processo sucessório de forma que esteja alinhado com os interesses dos indivíduos-chave envolvidos, da família, dos negócios e dos sócios.

Que saber mais? O Instituto Empresariar pode te auxiliar nessa sucessão, conte com a gente.

Para maiores informações, fale conosco.